segunda-feira, 7 de setembro de 2009




O Que Fazer no Meio da Tempestade? Atos 27:1 a 44

1 E, como se determinou que navegássemos para a Itália, entregaram Paulo e alguns outros presos a um centurião por nome Júlio, da coorte augusta.
2 E, embarcando em um navio de Adramítio, que estava prestes a navegar em demanda dos portos pela costa da Ásia, fizemo-nos ao mar, estando conosco Aristarco, macedônio de Tessalônica.
3 No dia seguinte chegamos a Sidom, e Júlio, tratando Paulo com bondade, permitiu-lhe ir ver os amigos e receber deles os cuidados necessários.
4 Partindo dali, fomos navegando a sotavento de Chipre, porque os ventos eram contrários.
5 Tendo atravessado o mar ao longo da Cilícia e Panfília, chegamos a Mirra, na Lícia.
6 Ali o centurião achou um navio de Alexandria que navegava para a Itália, e nos fez embarcar nele.
7 Navegando vagarosamente por muitos dias, e havendo chegado com dificuldade defronte de Cnido, não nos permitindo o vento ir mais adiante, navegamos a sotavento de Creta, à altura de Salmone;
8 e, costeando-a com dificuldade, chegamos a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laséia.
9 Havendo decorrido muito tempo e tendo-se tornado perigosa a navegação, porque já havia passado o jejum, Paulo os advertia,
10 dizendo-lhes: Senhores, vejo que a viagem vai ser com avaria e muita perda não só para a carga e o navio, mas também para as nossas vidas.
11 Mas o centurião dava mais crédito ao piloto e ao dono do navio do que às coisas que Paulo dizia.
12 E não sendo o porto muito próprio para invernar, os mais deles foram de parecer que daí se fizessem ao mar para ver se de algum modo podiam chegar a Fênice, um porto de Creta que olha para o nordeste e para o sueste, para ali invernar.
13 Soprando brandamente o vento sul, e supondo eles terem alcançado o que desejavam, levantaram ferro e iam costeando Creta bem de perto.
14 Mas não muito depois desencadeou-se do lado da ilha um tufão de vento chamado euro-aquilão;
15 e, sendo arrebatado o navio e não podendo navegar contra o vento, cedemos à sua força e nos deixávamos levar.
16 Correndo a sota-vento de uma pequena ilha chamada Clauda, somente a custo pudemos segurar o batel,
17 o qual recolheram, usando então os meios disponíveis para cingir o navio; e, temendo que fossem lançados na Sirte, arriaram os aparelhos e se deixavam levar.
18 Como fôssemos violentamente açoitados pela tempestade, no dia seguinte começaram a alijar a carga ao mar.
19 E ao terceiro dia, com as próprias mãos lançaram os aparelhos do navio.
20 Não aparecendo por muitos dias nem sol nem estrelas, e sendo nós ainda batidos por grande tempestade, fugiu-nos afinal toda a esperança de sermos salvos.
21 Havendo eles estado muito tempo sem comer, Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Senhores, devíeis ter-me ouvido e não ter partido de Creta, para evitar esta avaria e perda.
22 E agora vos exorto a que tenhais bom ânimo, pois não se perderá vida alguma entre vós, mas somente o navio.
23 Porque esta noite me apareceu um anjo do Deus de quem eu sou e a quem sirvo,
24 dizendo: Não temas, Paulo, importa que compareças perante César, e eis que Deus te deu todos os que navegam contigo.
25 Portanto, senhores, tende bom ânimo; pois creio em Deus que há de suceder assim como me foi dito.
26 Contudo é necessário irmos dar em alguma ilha.
27 Quando chegou a décima quarta noite, sendo nós ainda impelidos pela tempestade no mar de Ádria, pela meia-noite, suspeitaram os marinheiros a proximidade de terra;
28 e lançando a sonda, acharam vinte braças; passando um pouco mais adiante, e tornando a lançar a sonda, acharam quinze braças.
29 Ora, temendo irmos dar em rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, e esperaram ansiosos que amanhecesse.
30 Procurando, entrementes, os marinheiros fugir do navio, e tendo arriado o batel ao mar sob pretexto de irem lançar âncoras pela proa,
31 disse Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não ficarem no navio, não podereis salvar-vos.
32 Então os soldados cortaram os cabos do batel e o deixaram cair.
33 Enquanto amanhecia, Paulo rogava a todos que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto dia que esperais e permaneceis em jejum, não havendo provado coisa alguma.
34 Rogo-vos, portanto, que comais alguma coisa, porque disso depende a vossa segurança; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós.
35 E, havendo dito isto, tomou o pão, deu graças a Deus na presença de todos e, partindo-o começou a comer.
36 Então todos cobraram ânimo e se puseram também a comer.
37 Éramos ao todo no navio duzentas e setenta e seis almas.
38 Depois de saciados com a comida, começaram a aliviar o navio, alijando o trigo no mar.
39 Quando amanheceu, não reconheciam a terra; divisavam, porém, uma enseada com uma praia, e consultavam se poderiam nela encalhar o navio.
40 Soltando as âncoras, deixaram-nas no mar, largando ao mesmo tempo as amarras do leme; e, içando ao vento a vela da proa, dirigiram-se para a praia.
41 Dando, porém, num lugar onde duas correntes se encontravam, encalharam o navio; e a proa, encravando-se, ficou imóvel, mas a popa se desfazia com a força das ondas.
42 Então o parecer dos soldados era que matassem os presos para que nenhum deles fugisse, escapando a nado.
43 Mas o centurião, querendo salvar a Paulo, estorvou-lhes este intento; e mandou que os que pudessem nadar fossem os primeiros a lançar-se ao mar e alcançar a terra;
44 e que os demais se salvassem, uns em tábuas e outros em quaisquer destroços do navio. Assim chegaram todos à terra salvos.

A leitura do texto acima é essencial para a compreensão desta mensagem e para o sucesso da nossa vida! Portanto, leia-o quantas vezes puder!

É o relato de um naufrágio.
Não é uma parábola, mas, um fato real.
Paulo estava no navio. A viagem estava acontecendo porque ele apelara para a Suprema Corte, em Roma.
Júlio, o centurião romano, o escoltava!
Lucas estava com ele!
Os dias eram antigos. Viagens de navio não eram seguras. O mar Adriático mostrava uma cara maligna!
Havia cheiro de perigo no ar!
Os ventos eram contrários!
O melhor teria sido não sair da cidade chamada Bons Portos!
Júlio, o policial que escoltava Paulo, decidiu partir mesmo que fosse contra o tufão, pois os especialistas em navegação julgavam que não haveria problemas!
Eles foram e se arrebentaram!
Mas é nesse insucesso, nessa tragédia da viagem que se aprende com Paulo como lidar com as situações-furacão que estão sempre nos surpreendendo na vida.

Veja o quanto podemos aprender:

1. Primeiro Princípio: use o bom senso para não entrar na tempestade.
Se você sente cheiro de chuva no ar, não vá (27: 9-10). Realismo é parte de qualquer sabedoria. Não há gestão sem senso de realidade. O fato de ser um crente não me autoriza a tirar os pés do chão (realidade). Não é porque sou crente que minha espiritualidade vai me garantir a suspensão de ventos. Também não devo tentar ao Senhor. Para Paulo melhor teria sido que não tivessem saído de Bons Portos (v. 8).


2. Segundo Princípio: se você já entrou na tempestade, não gaste energia se alimentando de "razões passadas".

Paulo diz que era melhor não terem ido. Mas já que foram, diz ele, "agora vos aconselho bom ânimo"(v. 21-22). Devemos fazer tudo para não entrar na tormenta. Mas se entramos, a única saída é não viver de antigas razões ou mágoas.

Uma vez dentro do problema é preciso trocar "razões" por atitudes, por bom ânimo.
A história não muda com explicações, mas com ações!


3. Terceiro Princípio: ninguém entra no tufão e sai sem perder alguma coisa.
Paulo sabia disto. Existem perdas inevitáveis. Então, a questão crucial é decidir o que perder.



Para ele o que não se poderia perder eram as vidas. Coisas, bens materiais, posições, tudo isso nós podemos readquirir. Vidas, não. Por isso, na contabilidade do apóstolo, a conta estava fechada: se perderia "somente o navio"(v.22).



Existem pessoas que preferem salvar coisas do que vidas.
Quem perde coisas não perdeu muito.
Quem perde vidas perde o que não se repõe!
Portanto, abra mão. Dos males o menor.
Ninguém sai do furacão com tudo na mão, sem arranhões!

4. Quarto Princípio: entenda que bom senso e oração se complementam.
Discirna que ações humanas e visitas angelicais não são fatores antagônicos. Assim é que o anjo que visita Paulo é mais um "assessor" do que um "interventor".
Ficamos mal acostumados com barulhos, visões, palavras gritadas e ações espalhafatosas. Parece-nos que é só desse jeito que Deus está presente ou se comunicando conosco.

Muitas vezes nos prejudicamos, por acreditarmos somente em anjos pirotécnicos. Não conseguimos discernir a presença dos anjos sóbrios, calmos, que agem com suavidade e firmeza.

Paulo aceitava a visita de anjos que mostravam o caminho, mesmo que não parassem os ventos (v. 23-26).

5. Quinto Princípio: creia na visita de anjos, mas não abra mão de todos os recursos humanos (v. 30-31).

Paulo era apóstolo, não marinheiro. Por isso, mesmo visitado pelo anjo, ele não dispensou a técnica dos marinheiros. Ele sabia que sem aquela experiência o salvamento seria muito mais difícil.


6. Sexto Princípio: creia em tudo o que foi dito acima, mas nunca ache que anjos substituem a atitude e a determinação humana.

Assim é que Paulo recomenda não apenas bom ânimo e fé, mas também comida e cuidados com as energias do corpo (v. 33-36). Era uma urgência que não pedia jejum!
O resultado é que eles se salvaram. Porém, todos os elementos da Graça estiveram presentes no salvamento:
• realismo, bom senso, avaliação,
• bom ânimo, persistência, determinação,
• escolha entre o que perder e o que salvar,
• certeza sobrenatural da presença divina,
• auxílio humano e técnico, e,
• manutenção do vigor físico.


Nesta experiência de Paulo temos todos os princípios aplicáveis a todas as situações e dimensões da vida (pessoal, social, trabalhista, econômica, familiar e espiritual).

Também vemos aqui a demonstração do que seja uma espiritualidade genuinamente integral. Nessa espiritualidade se crê em anjos e na ajuda humana. Em comida para o corpo e em bom ânimo para a alma.
Em realismo para não entrar na tempestade, e em ter esperança para sair com vida.
Aqui também aprendemos que neste mundo caído a gente sempre tem que escolher entre as perdas inevitáveis.
Ou seja, dos males o menor!

Assim, devemos escolher a vida e não as coisas.
Quem sobrevive aos furacões pode reaver as coisas.
Mas, quem morre não tem o que reaver!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009


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Pastor ELIAS FERNANDO VIEIRA
Presidente e Fundador
MINISTÉRIO INTERNACIONAL LUZ DO MUNDO